Projeto Cena Aberta: Grupo
Pesquisa Teatro Novo/UFSC
postagem por carmen fossari
Hamlet (Q1)
O Grupo Pesquisa Teatro Novo participa do Projeto CENA ABERTA com a peça
, Hamlet
(Q1) de William Shakespeare numa tradução
de José Roberto O'Shea, direção de
Carmen Fossari e o ator Bruno Leite no papel de Hamlet e elenco Grupo Pesquisa
Teatro Novo.
Escrito no ano de 1603 Hamlet [ (Q1) a forma como era
dobrada a folha impressa] tem um rítmo e encadeamento das falas e cenas que se constituem num belo presente teatral ao
elenco e público que podem compartilharem o mais teatral dos Hamlets do William Shakespeare.
Hamlet (Q1) segundo o tradutor José Roberto O'Shea, este primeiro texto, impresso de
Hamlet é notadamente o mais teatral, com
inúmeras referências as montagens
teatrais da época.O texto é escrito em verso e prosa.
Shakespeare escreveu ainda mais dois Hamlets . O primeiro Hamlet (Q1) está
sendo encenado pela primeira vez no Brasil através do Grupo Pesquisa
Teatro Novo.
A montagem é inspirada no teatro asiático Japones, desde o universo do Teatro e Dança
Noh e Kabuki (maior influência) e a sonoridade do Taikô.
A opção da linguagem oriental para um texto ocidental traduz em parte
esta necessidade de distanciar a cena para aproximar o foco dramático e por fim
dar vazão a universalidade do personagem Hamlet.
Esta montagem Hamlet(Q1) levou 2 anos entre a pesquisa textual e a incorporacão com o link da cultura
oriental
O Grupo
O
Grupo Pesquisa Teatro Novo, que criou o Teatrinho da UFSC junto com o
INACEN/MINC,no ano de 1979, onde tem sua sede, congrega alunos vindos de
diversas areas da UFSC, bem como tecnicos administrativos , alunos de pós
graduação, e docentes da UFSC e atores
convidados da comunidade.
Atua em diversas frentes, masntendo Núcleos :Teatro de Bonecos, Teatro
de Rua, Luz Negra, Dramaturgia Catarinense( Leituras Dramáticas),Textos
Clássicos, e nos últimos anos tema tuado junto com a area científica,
tendo montado a peçaAS LUAS DE GALILEU GALILEI, derivative
deste Núcleo e iniciando agora um novo
desafio um musical sobre vida e obra de Albert Einstein , com assessoria do GEA
UFSC.
A MONTAGEM
O espetáculo traz à cena o fôlego do inusitado ao fazer uso da linguagem
e estética da Dança e Teatro oriental, em especial o Kabuki e apropriar-se dos
recursos daquele teatro como leques, sombrinhas, taiko, descontextualizando
aspectos geográficos, mas ampliando as complexas relações entre a família do
Príncipe da Dinamarca.
Os figurinos traduzidos numa síntese entre as linguagens
Oriente/Ocidente adquirem ao transcorrer da encenação uma dimensão ritualística
e profunda.
Outro elemento diferenciado será a surpresa preparada ao público quando
da cena do Metateatro, com a Cia de Teatro que Hamlet contrata, para confrontar
o Rei recém coroado como sendo o assassino de seu pai Rei Hamlet.
Hamlet (Q1)um texto do
ocidente, visto sob a ótica da cultura do oriente, transpassando o que a
contemporaneidade através da globalização tem de pior que é o estraçalhamento
das culturas dIferenciadas.
Um
pouco de história o link.
A leitura minuciosa da tradução de O'Shea do texto de Shakespeare, traz Hamlet (Q1) com características bastantes diferenciadas da
escritura mais conhecida do texto de Hamlet
mais metafísico.
Segundo o tradutor O'Shea (um dos mais significativos tradutores da obra
de Shakespeare em Língua Portuguesa) este texto escrito em 1603 traz uma
dramaturgia toda focada para a ação dramática confluindo tanto a prosa quanto o
verso. Neste texto percebe-se o Shakespeare ator e diretor de teatro, o texto
está repleto de indicações sobre o universo do fazer teatral, há opiniões sobre
a interpretação de alguns atores e Hamlet, olha para o trono com um desejo mais forte
de aceder ao poder.
Alguns aspectos da tragédia como as sete mortes desta ficção
histórica de Shakespeare todas imbricadas na sucessão do Rei da Dinamarca,
certamente além de serem frutos da brilhante mente de William, não são temas
aleatórios as “reais” sucessões monárquicas.
A história política de um Japão do século XVII em vias de conseguir sua
unificação traz à cena histórica uma guerra civil estabelecida entre os
senhores feudais (futuros daimyos) pela posse da terra.
Este emblemático ano, coincide com o surgimento do Teatro Kabuki, todo
realizado por mulheres, oriundas do povo, e cuja sensualidade inerente provocou
em nome dos “bons costumes” a proibição das mulheres na cena, quando inicia a
inserção na cena Kabuki de homens interpretando personagens femininos.nic
No ano em que William Shakespeare, imprimia o
Fólio de Hamlet in Quarto:1603,no Oriente iniciava o último Xogunato
Tokugawa(Edo Bakukfu),uma dinastia familiar,military feudale que permaneceu no
poder até o ano de 1868 e cujo feito mais significativo foi ter conseguido diante de um mar de sangue a unificacão do
Japão.
As mortes e o sangue são cenário na luta pelo poder e jorram febrilmente em todas as geografias
do mapa mundi e lamentavelmente estão presents nas ações contemporâneas dos
países imperialistas.
A arte faz aflorar uma radiografia
da construção e desconstrução do Humano, e em Shakespeare a visão é
sempre mais ampla, atemporal e universal.
Dos seus textos afluem com paixão personagens que embora datados vivem
no país do humano onde a geografia não determina nem exclui. Fruto desta
genialidade do dramaturgo, ator e diretor William Shakespeare, seus textos
atravessam séculos com a mesma inserção verossímil em outros tempos e outras
matizes culturais.
Serviço: Cena Aberta HAMLET(Q1)
Setembro Teatrinho da UFSC as 20:00 h.
Dias:
20, 21 e 22
27,28 e 29
Ingresso meramente contributivo
10,00 e 5,00
Elenco:
Ator Personagem
Bruno Leite _ Hamlet
Lindson Mühlmann – Rei Cláudio
Ivana Fossari
- Gertred
Mariana Lapolli _ Ofélia
Edson Abreu_ Corambis
Bruno Lapolli _ Horácio
Sérgio Bessa _ Laertes
Bruno Floriani_ Hamlet Pai /Fantasma e Embaixador Inglês
Muriel Martins _ Atriz,
Duquesa da Cia dos Atores/Trágicos
Márcia Cattoi_ Atriz da Cia dos Atores Trágicos ,Cornélio e 1º Coveiro
Nei Perin_ Montano, Ator da Cia dos Atores Trágicos, Sacerdote, Capitão
de Fortebraço
Thaiana Volkmann_ Sentinela de Elsinore, Atriz da Cia dos Atores Trágicos,2º Coveiro e
Cantora,Voz Soprano
Julião Goulart_ Gilderstone e
Fortebraço (Tropa
da Noruega)
Lisandra Iwersen_ Guarda de Elsinore,Marcelo e Rosencraft
Cleber Bossetti_Sentinela do Castelo de Elsinore,Voltmar e Cacaleiro Falastrão
Maíra Gauer_Cantora ,Voz SopranoM
Márcio Tessmann ,Daniel
Berger_Ator de Negro ( no Kabuki, aquele que troca cenários em cena aberta e
é considerado elemento neutro para a continuidade da cena)Ma
TÉCNICA:
Cenário: Márcio Tessmann e Carmen Fossari
Iluminação: Carmen, Márcio e Luciano Bueno (montagem)
Figurino: José Alfredo Beirão
Sonoplastia :Vinícius Nakandakari e Grupo Schimadaiko
Preparação Vocal: Teresa Pesenti
Preparação Corporal: Fefi Manhães ,continuidade Mariana Lapolli
Coreografia e manuseio dos leques: Calufoss
Cartaz : Márcia Cattoi
Fotografia: José Belli, Márcio e Carmen
Maquiagem: Alice Sinzato (pesquisa) e O Grupo
Arte final dos impressos : Michele Millis e Márcia Cattoi
Contra
Regra: Suélen Benicá, Cristiano
Assessoria Cultura Oriental: Associação Nippo
Catarinense, Alice Sinzato e
Maria Amélia Dieckie
Produção:Pesquisa Teatro Novo
Direção Geral :Carmen Lúcia Belli Fossari
Promoção:DAC.
SECULT/UFSC
Dia 20, após a peça o tradutor recém chegado da
Inglaterra, estará autografando o livro Hamlet , editora Hedra cuja edicão O’Shea
acrescentou um prefácio relatando fatos históricos das 3 versões
escritas de HAMLET por William Shakespeare.
A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, tal como
teria sido encenada pela primeira vez. Até então inédita no Brasil, é, dos três
“Hamlets”, o texto que possui estrutura mais compacta e coesa e, apelando mais
à ação do que à introspecção, encerra um texto de extrema teatralidade.
M
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