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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

CENA ABERTA DAC: HAMLET NO TEATRINHO DA UFSC



Projeto Cena Aberta: Grupo Pesquisa Teatro Novo/UFSC
postagem por  carmen fossari
  Hamlet (Q1)



O Grupo Pesquisa Teatro Novo participa do Projeto CENA ABERTA com a peça , Hamlet (Q1) de William Shakespeare numa tradução  de José Roberto O'Shea, direção de Carmen Fossari e o ator Bruno Leite no papel de Hamlet e elenco Grupo Pesquisa Teatro Novo.
Escrito no ano de 1603 Hamlet [ (Q1) a forma como era dobrada a folha impressa] tem um rítmo e encadeamento das falas e cenas  que se constituem num belo presente teatral ao elenco e público que podem compartilharem o mais teatral dos Hamlets do William Shakespeare.
Hamlet (Q1) segundo o tradutor José Roberto O'Shea, este primeiro texto, impresso de Hamlet  é notadamente o mais teatral, com inúmeras referências   as montagens teatrais da época.O texto é escrito em verso e prosa.
Shakespeare escreveu ainda mais dois Hamlets . O primeiro Hamlet (Q1) está sendo encenado pela primeira vez no Brasil através do Grupo Pesquisa Teatro Novo.
A montagem é inspirada no teatro asiático  Japones, desde o universo do Teatro e Dança Noh e Kabuki (maior influência) e a sonoridade do Taikô.
A opção da linguagem oriental para um texto ocidental traduz em parte esta necessidade de distanciar a cena para aproximar o foco dramático e por fim dar vazão a universalidade do personagem Hamlet.
Esta montagem Hamlet(Q1)   levou  2 anos entre  a pesquisa textual e a incorporacão com o link da cultura oriental

O Grupo
O Grupo Pesquisa Teatro Novo, que criou o Teatrinho da UFSC junto com o INACEN/MINC,no ano de 1979, onde tem sua sede, congrega alunos vindos de diversas areas da UFSC, bem como tecnicos administrativos , alunos de pós graduação, e docentes da UFSC e atores  convidados da comunidade.
Atua em diversas frentes, masntendo Núcleos :Teatro de Bonecos, Teatro de Rua, Luz Negra, Dramaturgia Catarinense( Leituras Dramáticas),Textos Clássicos, e nos últimos anos tema tuado junto com a area científica, tendo  montado  a peçaAS LUAS DE GALILEU GALILEI, derivative deste Núcleo e  iniciando agora um novo desafio um musical sobre vida e obra de Albert Einstein , com assessoria do GEA UFSC.

A MONTAGEM
O espetáculo traz à cena o fôlego do inusitado ao fazer uso da linguagem e estética da Dança e Teatro oriental, em especial o Kabuki e apropriar-se dos recursos daquele teatro como leques, sombrinhas, taiko, descontextualizando aspectos geográficos, mas ampliando as complexas relações entre a família do Príncipe da Dinamarca.
Os figurinos traduzidos numa síntese entre as linguagens Oriente/Ocidente adquirem ao transcorrer da encenação uma dimensão ritualística e profunda.
Outro elemento diferenciado será a surpresa preparada ao público quando da cena do Metateatro, com a Cia de Teatro que Hamlet contrata, para confrontar o Rei recém coroado como sendo o assassino de seu pai Rei Hamlet.
Hamlet (Q1)um texto do ocidente, visto sob a ótica da cultura do oriente, transpassando o que a contemporaneidade através da globalização tem de pior que é o estraçalhamento das culturas dIferenciadas.

 Um pouco de história o link.
A leitura minuciosa da tradução de O'Shea do texto de Shakespeare, traz  Hamlet (Q1) com características bastantes diferenciadas da escritura mais conhecida do texto de Hamlet mais metafísico.
Segundo o tradutor O'Shea (um dos mais significativos tradutores da obra de Shakespeare em Língua Portuguesa) este texto escrito em 1603 traz uma dramaturgia toda focada para a ação dramática confluindo tanto a prosa quanto o verso. Neste texto percebe-se o Shakespeare ator e diretor de teatro, o texto está repleto de indicações sobre o universo do fazer teatral, há opiniões sobre a interpretação de alguns atores e Hamlet, olha para o trono com um desejo mais forte de aceder ao poder.
Alguns aspectos da tragédia como as sete mortes desta ficção histórica de Shakespeare todas imbricadas na sucessão do Rei da Dinamarca, certamente além de serem frutos da brilhante mente de William, não são temas aleatórios as “reais” sucessões monárquicas.

A história política de um Japão do século XVII em vias de conseguir sua unificação traz à cena histórica uma guerra civil estabelecida entre os senhores feudais (futuros daimyos) pela posse da terra.
Este emblemático ano, coincide com o surgimento do Teatro Kabuki, todo realizado por mulheres, oriundas do povo, e cuja sensualidade inerente provocou em nome dos “bons costumes” a proibição das mulheres na cena, quando inicia a inserção na cena Kabuki de homens interpretando personagens femininos.nic
No ano em que William Shakespeare, imprimia o Fólio de Hamlet in Quarto:1603,no Oriente iniciava o último Xogunato Tokugawa(Edo Bakukfu),uma dinastia familiar,military feudal e que permaneceu no poder até o ano de 1868 e cujo feito mais significativo foi ter conseguido  diante de um mar de sangue a unificacão do Japão.
As mortes e o sangue são cenário na luta pelo poder  e jorram febrilmente em todas as geografias do mapa mundi e lamentavelmente estão presents nas ações contemporâneas dos países  imperialistas.
A arte faz aflorar  uma radiografia da construção e desconstrução do Humano, e em Shakespeare a visão é sempre mais ampla, atemporal e universal.
Dos seus textos afluem com paixão personagens que embora datados vivem no país do humano onde a geografia não determina nem exclui. Fruto desta genialidade do dramaturgo, ator e diretor William Shakespeare, seus textos atravessam séculos com a mesma inserção verossímil em outros tempos e outras matizes culturais.
Serviço: Cena Aberta  HAMLET(Q1)
 Setembro Teatrinho da UFSC as 20:00 h.
                              Dias: 20, 21 e 22
                                       27,28 e 29 
Ingresso meramente  contributivo 10,00 e 5,00
Elenco:
Ator     Personagem
Bruno Leite  _ Hamlet  
 Lindson Mühlmann – Rei Cláudio
 Ivana Fossari  - Gertred
 Mariana Lapolli _ Ofélia  
Edson Abreu_ Corambis
 Bruno Lapolli _ Horácio
Sérgio Bessa _ Laertes
Bruno Floriani_ Hamlet Pai /Fantasma e Embaixador  Inglês
Muriel Martins _  Atriz, Duquesa da Cia dos Atores/Trágicos   
Márcia Cattoi_ Atriz da Cia dos Atores Trágicos ,Cornélio e 1º Coveiro
 Nei Perin_ Montano, Ator da Cia dos Atores Trágicos, Sacerdote, Capitão
de Fortebraço 
Thaiana Volkmann_ Sentinela de Elsinore, Atriz  da Cia dos Atores Trágicos,2º Coveiro e Cantora,Voz Soprano 
      
Julião Goulart_ Gilderstone e Fortebraço (Tropa da Noruega)
Lisandra Iwersen_  Guarda  de Elsinore,Marcelo e Rosencraft
Cleber Bossetti_Sentinela do Castelo de Elsinore,Voltmar e Cacaleiro Falastrão
Maíra Gauer_Cantora ,Voz SopranoM
Márcio Tessmann ,Daniel Berger_Ator de Negro ( no Kabuki, aquele que troca cenários em cena aberta e é considerado elemento neutro  para a continuidade da cena)Ma

TÉCNICA:
Cenário: Márcio Tessmann e Carmen Fossari
Iluminação: Carmen, Márcio e Luciano Bueno (montagem)
Figurino: José Alfredo Beirão
Sonoplastia :Vinícius  Nakandakari e Grupo Schimadaiko
Preparação Vocal: Teresa Pesenti
Preparação Corporal: Fefi Manhães ,continuidade Mariana Lapolli
Coreografia e manuseio dos leques: Calufoss
Cartaz : Márcia Cattoi
Fotografia: José Belli, Márcio e Carmen
Maquiagem: Alice Sinzato (pesquisa) e  O Grupo
Arte final dos impressos : Michele Millis e Márcia Cattoi
Contra Regra: Suélen Benicá, Cristiano
Assessoria Cultura Oriental: Associação Nippo Catarinense, Alice Sinzato e
Maria Amélia Dieckie
Produção:Pesquisa Teatro Novo
Direção Geral :Carmen Lúcia Belli Fossari

Promoção:DAC. SECULT/UFSC



 A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, tal como teria sido encenada pela primeira vez. Até então inédita no Brasil, é, dos três “Hamlets”, o texto que possui estrutura mais compacta e coesa e, apelando mais à ação do que à introspecção, encerra um texto de extrema teatralidade.




   Dia 20, após a peça o tradutor recém chegado da Inglaterra, estará autografando o livro Hamlet , editora Hedra cuja  edicão O’Shea  acrescentou um prefácio relatando fatos históricos das 3 versões escritas de HAMLET por William Shakespeare.







   M

          




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